#5 - O que é Life as a Service
- Debate no Café
- 25 de abr.
- 3 min de leitura
Life as a Service (LaaS): A Flexibilidade que a Vida Pede - Debate no Café #5
A vida nos pede flexibilidade! Já nos acostumamos com conceitos como Software as a Service (SaaS), Platform as a Service (PaaS), e tantos outros "[...] as a Service". Mas você já parou para pensar em Life as a Service (LaaS)? Estamos vivendo um momento em que a flexibilidade se alia a novas experiências a cada instante. A vida nos coloca em situações distintas que demandam necessidades diferentes. Seja ao casar e precisar pensar a casa para dois, ou ter o primeiro filho e a casa agora ser para três, ou até mesmo após um divórcio, quando é preciso voltar a pensar um espaço para uma única pessoa. Como destaca a nossa convidada, somos "seres cambiantes".
No episódio #5 do Debate no Café, recebemos Pâmela Paz, CEO e fundadora da John Richard Soluções de Mobiliário como Serviço e Tuim Móveis por Assinatura. Economista com especialização em gerenciamento financeiro e estratégia, Pâmela transforma espaços e experiências únicas há 11 anos. Ao lado dos hosts Márcio Oliveira e Thiago Pierozzi, Pâmela nos ajuda a desbravar o conceito de LaaS: o que é, onde se aplica, qual seu significado e para onde estamos caminhando.
A ideia de LaaS surge como uma forma de resolver estas questões da sua vida, refletindo uma mudança notável no hábito de consumo. Passamos de deter a propriedade de determinados bens e produtos para usufruir ou ter acesso a eles. Pâmela menciona que este modelo de negócio, de "aluguel de serviço", não é totalmente novo, mas tem ganhado grande força em várias outras áreas de negócio nos últimos anos. Ela acredita que as pessoas estão começando a compreender que não é preciso ter todos os tipos de bem, mas que, em determinados momentos da vida, podemos usufruir daquele bem em outros modelos.
Discutimos a matriz que contrapõe Utilização e Propriedade com Alto Custo e Utilização. O acesso é apresentado como o intermediário que faz muito mais sentido em diversos casos, especialmente para bens de alto custo e baixa utilização. Exemplos incluem uma batedeira de alto custo que seria usada poucas vezes ao ano, uma furadeira, ou até mesmo eletrodomésticos como uma geladeira. Pâmela compartilha iniciativas como o compartilhamento de utensílios domésticos em condomínios, promovendo o compartilhar de itens e experiências. É sobre utilizar sem a necessidade de possuir.
Este modelo de acesso não só atende às nossas necessidades em constante mudança – motivadas por transformações na composição familiar, mudanças de moradia por trabalho, etc. – mas também amplia o mercado, alcançando pessoas que talvez não comprassem certos bens, mas que agora podem acessá-los e usá-los. É um modelo que se aplica a diversos momentos de vida e perfis demográficos, pois, como ressaltado, todos somos "seres cambiantes".
Pâmela relata os desafios de ser pioneira, de estar "desbravando" neste mercado no Brasil, o que envolveu um processo de educação do público. A relação com o cliente neste modelo é absolutamente fundamental. Diferente de um modelo de produto que termina na venda, neste modelo, o relacionamento se inicia antes mesmo da venda ou assinatura e continua após a retirada dos bens. É sobre ser um parceiro para cada momento da vida do cliente, entregando a melhor experiência possível, desde a entrega inicial até a retirada final. Como ela menciona, o relacionamento com o cliente começa antes mesmo do marketing e continua além do marketing.
Uma das grandes lições compartilhadas é a importância de fazer a pergunta certa ao interagir com o público. Em vez de perguntar diretamente se alguém alugaria um sofá, por exemplo, o que pode gerar uma resposta negativa, é mais eficaz perguntar o que é importante para ela ao morar em um espaço: ter um lar confortável, adequado e que reflita sua identidade. O foco, no fim das contas, está na experiência que buscamos (como poder fazer um bolo ou ter uma casa que se adapta), e não apenas no produto em si. Repensar a forma de consumo é fundamental.
O episódio é um convite para repensarmos nossa forma de consumir e enxergarmos as oportunidades que surgem ao focarmos em acesso, flexibilidade e experiência, considerando o impacto que geramos. A mentalidade não muda apenas para o consumidor, mas também para a empresa, que passa de um modelo de "vende e próximo" para um de parceria e relacionamento contínuo.
Quer entender mais sobre como a vida está se tornando "as a Service"? Assista ao episódio completo do Debate no Café no Youtube (https://youtu.be/dnhroKpGi6k?si=vis3vrbi9SBmCHFE)
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Obrigado a todos e até o próximo Debate no Café!
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